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Novembro Diabetes Azul

Novembro Diabetes Azul

Atualmente, o diabetes mellitus é um problema de saúde pública de alta prevalência, causando incapacidades, mortes precoces e custos relacionados ao controle e tratamento. É a quarta causa de morte global e uma das doenças crônicas mais frequentes.

O diabetes mellitus (DM) é caracterizado pelo aumento da taxa de glicose sanguínea, o que resulta em distúrbios no metabolismo de lipídios, carboidratos e proteínas, interferindo na produção e secreção de insulina.

Tipos de diabetes

A classificação do DM permite o tratamento adequado e a definição de estratégias de rastreamento de comorbidades e complicações crônicas.

Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda a classificação baseada na etiopatogenia do diabetes, que compreende o diabetes tipo 1 (DM1), o diabetes tipo 2 (DM2), o diabetes gestacional (DMG) e os outros tipos de diabetes.

Porém, outras classificações têm sido propostas, incluindo classificação em subtipos de DM. Essas categorias levam em conta características clínicas como o momento do início do diabetes, a história familiar, a função residual das células beta, os índices de resistência à insulina, o risco de complicações crônicas, o grau de obesidade, a presença de autoanticorpos e eventuais características sindrômicas.

Tipo 1

O DM1 é causado por destruição das células ß, geralmente autoimune, o que leva a uma deficiência grave da secreção de insulina. O DM 1 pode ser diagnosticado em qualquer idade.

Embora seja o tipo mais comum de DM em crianças e adolescentes, dados recentes indicam que atualmente há mais casos novos de DM 1 diagnosticados na vida adulta do que na infância e adolescência.

Assim, a apresentação clínica clássica do DM 1 geralmente é abrupta. Ela conta com maior propensão à cetose e cetoacidose, necessidade de insulinoterapia plena desde o diagnóstico ou após curto período. Pacientes com diagnóstico na vida adulta podem apresentar uma forma mais lentamente progressiva da doença, com evolução clínica mais branda.

Tipo 2

O DM2 é o tipo mais comum. Está frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento. Portanto, tem início insidioso e é caracterizado por resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células ß-pancreáticas, além de alterações na secreção de incretinas.

Desse modo, apresenta frequentemente características clínicas associadas à resistência à insulina, como acantose nigricans e hipertrigliceridemia. 

Diagnóstico e tratamento do diabetes

O diagnóstico de diabetes mellitus deve ser estabelecido pela identificação de hiperglicemia. Para isso, podem ser usados a glicemia plasmática de jejum (GJ), o teste de tolerância à glicose por via oral (TTGO) e a hemoglobina glicada (HbA1c).

Os testes laboratoriais para o diagnóstico de DM devem ser feitos em todos os indivíduos com sintomatologia sugestiva de diabetes, e em indivíduos assintomáticos com risco aumentado de desenvolver essa condição.

Ainda, ao realizar testes para diagnóstico de DM, também podem ser identificadas pessoas com hiperglicemia leve, que não preenchem critérios para DM.

De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), esses casos constituem a “hiperglicemia intermediária”, composta pela “glicemia de jejum alterada”. Ou seja, são casos em que a disglicemia leve ocorre em jejum e pela “intolerância à glicose”, na situação em que há hiperglicemia leve após TTGO, sem preencher critérios para DM.

Assim, a American Diabetes Association (ADA) e a Sociedade Brasileira de Diabetes utilizam a nomenclatura “pré-diabetes” para estes indivíduos. Apesar de nem todos os indivíduos desse grupo evoluam para DM, o termo “pré-diabetes” tornou-se facilmente assimilado e difundido pelos profissionais de saúde.

O tratamento do diabetes tipo 2 evoluiu de uma visão focada no controle da glicemia para uma abordagem ampla. Nesse sentido, abrange a proteção cardiorrenal, controle da obesidade e intensificação oportuna do controle glicêmico, buscando reduzir complicações a longo prazo.

Ademais, o controle glicêmico é essencial para a prevenção de complicações micro e macrovasculares relacionadas ao diabetes.

Grandes ensaios clínicos randomizados mostraram a eficácia da redução sustentada da hemoglobina glicada (HbA1c) para abaixo de 7% em desfechos microvasculares, como retinopatia, doença renal e neuropatia.

Por sua vez, a redução de complicações macrovasculares ocorre a longo prazo, e é mais evidente quando o controle glicêmico é iniciado mais precocemente, ainda no primeiro ano após o diagnóstico.

Diabetes e obesidade

Outro ponto importante para o tratamento do DM2 é o foco no controle do peso corporal. A obesidade está associada a piores desfechos relacionados ao diabetes, à piora do controle glicêmico e à maior mortalidade.

Por outro lado, a redução do peso corporal em pessoas obesas ou com sobrepeso está associada à melhora do controle glicêmico, aumento da chance de remissão do DM2 e redução da incidência de complicações microvasculares.

Portanto, a redução do excesso de peso deve ser um objetivo permanente em todas as fases do tratamento do DM2.  

Os agentes antidiabéticos

As classes e os agentes antidiabéticos disponíveis no Brasil, e suas principais características, encontram-se descritos na tabela a seguir.  A escolha desses agentes deve ser individualizada, considerando aspectos como a estratificação de risco CV, o IMC e a taxa de filtração glomerular.

Além disso, devem ser considerados aspectos como eficácia, risco de hipoglicemia, tolerabilidade, custo, potenciais efeitos adversos e a preferência do paciente.

ClasseEficáciaPesoInjetávelCustoEfeitos adversos importantesExemplos
BiguanidasAltaNeutroNãoBaixoDiarreia, náuseas, deficiência de vitamina B12, acidose láctica em pacientes com IRCMetformina e Metformina XR
Inibidores do SGLT2MédiaPerdaNãoMédioInfecção genitourinária, cetoacidose (rara), depleção de volume, gangrena de Fournier (rara)Dapagliflozina Empagliflozina Canagliflozina
Agonistas do Receptor do GLP-1AltaPerdaSimAltoNáuseas, vômitos, diarreia, relatos de tumores de células C de tireoide em ratos, relatos de pancreatite sem relação causal definida, reações no sítio de aplicação.Liraglutida Dulaglutida Semaglutida
Coagonistas do receptor de GIP/GLP-1AltaPerdaSimAltoDistúrbios gastrointestinais são comuns, sendo náusea e diarreia os mais frequentes; fadiga, reação no local da aplicação e hipersensibilidade são comuns; aumento da frequência cardíaca; pode haver hipoglicemia quando associado a secretagogos ou insulinaTirzepatida
Glitazonas (Tiazolinedionas)AltaGanhoNãoBaixoRetenção hídrica, ganho de peso aumento do risco de insuficiência cardíaca, aumento do risco de fraturas, associação com Ca de bexiga (em ratos)Pioglitazona
SulfonilureiasAltaGanhoNãoNãoGanho de peso e hipoglicemia. Gliclazida MR tem menor risco de hipoglicemiaGliclazida MR Glimepirida Glibenclamida
Inibidores da DPP-4MédiaNeutroNãoMédioRelatos de pancreatite sem relação causal definida, dor articular, saxagliptina associada ao aumento de risco de ICSitagliptina Vildagliptina Linagliptina Alogliptina Saxagliptina Evogliptina
InsulinaAltaGanhoSimBaixoGanho de peso e hipoglicemia

Cuidados necessários com o diabetes

O diabetes exige alguns cuidados que são para o resto da vida, tanto para o paciente quanto para a família.

Por isso, ambos precisam tomar uma série de decisões relacionadas ao tratamento do diabetes. É essencial medir a glicemia, tomar medicamentos, exercitar-se regularmente e ajustar os hábitos alimentares. Além disso, pode ser necessário apoio psicológico.

Como as consequências do tratamento são baseadas nas decisões tomadas, é de extrema importância que as pessoas com diabetes recebam educação de qualidade, ajustada às necessidades e fornecidas por profissionais de saúde qualificados.

Sem a educação em diabetes, os pacientes estão menos preparados para tomar decisões baseadas em informação, fazer mudanças de comportamento, lidar com os aspectos psicossociais e, por fim, não estar equipado o suficiente para fazer um bom tratamento.

O mau controle resulta em prejuízo para a saúde e em uma grande probabilidade de desenvolver complicações.

É por isso que a Unikka Pharma apoia o Novembro Diabetes Azul! Uma campanha mundial em prol da conscientização sobre o Diabetes. Além da prevenção da doença e de suas complicações, o foco também é no tratamento multidisciplinar. Vamos juntos!

Referências

Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: https://diabetes.org.br/