A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a velhice tem início aos 65 anos nos países desenvolvidos e aos 60 anos nos países em desenvolvimento. O processo de envelhecimento promove alterações relacionadas às capacidades cognitivas no idoso, dentre elas o processamento da informação, da memória e da aprendizagem, devido ao declínio causado pelas mudanças sensoriais e neurológicas. Dentre os déficits cognitivos mais frequentes, destaca-se a queixa da perda de memória.
O que é o envelhecimento?
Envelhecer é, portanto, um processo complexo, progressivo e universal, de origem endógena, que se manifesta durante a vida após o atingimento da maturidade. É controlado não somente pelos genes, mas também por fatores comuns, como a dieta, a atividade física, o relaxamento mental e a socialização.
Neste sentido, estratégias importantes são: dieta hipocalórica, atividade física e atividades intelectuais. A obesidade também pode contribuir para a inflamação crônica, levando ao desenvolvimento da resistência à insulina e síndrome metabólica, doenças intimamente ligadas a certos acometimentos relacionados ao envelhecimento.

O que diz a ciência sobre a perda de memória?
Estudos indicam que muitos portadores de questões cognitivas apresentam deficiências nutricionais e associam a dieta do mediterrâneo à saúde cerebral.
Imagens de ressonância magnética mostraram que o cérebro de pessoas de meia idade saudáveis, seguindo uma dieta mediterrânea, apresentavam menor atrofia e menor acúmulo de proteína beta-amiloide, em comparação com as pessoas que não seguiam a dieta.
Esse estilo de vida atuaria, então, na redução da inflamação e do estresse oxidativo cerebral, devido à sua capacidade antioxidante, impedindo a formação de placas e emaranhados que danificam as células cerebrais.
Ainda, estudos em humanos comprovam que indivíduos com maior adesão à dieta mediterrânea possuem níveis plasmáticos mais altos de glutationa, um tri peptídeo que equilibra o sistema redox. Os antioxidantes presentes na dieta mediterrânea como Vitamina C, Vitamina E, carotenoides, polifenóis, Zinco e Selênio funcionam como “poupadores” do ciclo redox, contribuindo com o aumento da glutationa na sua forma reduzida.
Além disso, foi observado também o efeito protetor com o consumo de frutas, vegetais, peixes e óleos ricos em Ômega 3. Já o padrão alimentar ocidental, rico em carne vermelha, carne processada, grãos refinados, doces e alto teor de gorduras saturadas tem demonstrado efeitos deletérios à saúde cognitiva.
Quais são as estratégias que podem ajudar a ter uma memória mais saudável?
Estratégias baseadas na suplementação alimentar têm sido demonstradas como eficazes em indivíduos com prejuízos cognitivos leves. A suplementação também pode atuar na melhora da depressão, um benefício a mais, considerando a comorbidade entre comprometimento cognitivo/demência e depressão.
Esses micronutrientes estão envolvidos em processos celulares/bioquímicos e podem desempenhar papéis importantes nas funções do cérebro, nas respostas inflamatórias e no sistema de defesa e antioxidante.
A exemplo, temos evidências de que baixos níveis de vitaminas e minerais reduzem a atividade de enzimas antioxidantes, que podem levar à oxidação do DNA, de proteínas, ácidos graxos e reações cruzadas, juntamente com o esgotamento mitocondrial do ATP, contribuindo, portanto, para doenças cardiovasculares e neurodegenerativas.
Os ácidos graxos poli-insaturados estão envolvidos na manutenção das funções cognitivas, promovendo neurogênese adulta e plasticidade neuronal através da modulação da remodelagem da membrana mediadores inflamatórios e estresse oxidativo.
Há, ainda, indícios de que a inflamação neural pode ser minimizada com a suplementação de nutrientes essenciais, com ácido graxos poli-insaturados de cadeia longa, Vitamina E e minerais. Isto pode levar à redução do risco e incidência de doenças relacionadas à idade, incluindo doenças neurodegenerativas.
Quem também pode ter efeito protetor contra a neurodegeneração são os polifenóis, gerando interesse na sua suplementação.
A Curcumina, o Resveratrol e a Epigalocatequinagalato são alguns dos os polifenóis estudados e apresentam atividade neuro protetora ao serem, por exemplo, capazes de combater o estresse oxidativo, atuar nas vias de sinalização celular ou modular a epigenética subjacente às doenças neurodegenerativas.
Fatores nutricionais e saúde cerebral
A Medicina vem explorando os fatores nutricionais e sua relação para prevenir e tratar condições associadas à saúde cerebral, indicando evidências no efeito protetor de dietas saudáveis, em especial a dieta mediterrânea.
E o contrário também já é comprovado: dietas não saudáveis possuem efeito negativo na saúde mental de jovens e adultos.
Os nutrientes que também podem contribuir para a saúde do cérebro são: Ômega 3, Vitaminas do Complexo B (em especial a B9 e B12), Colina, Ferro, Zinco, Magnésio, Sadenosilmetionina, Vitamina D e aminoácidos. Em alguns casos, suprir estes nutrientes apenas com a dieta não é possível ou suficiente, fazendo-se necessária uma suplementação personalizada.
E ninguém entende mais de suplementação personalizada como a Unikka Pharma!
Referências
DA SILVA, Layane Raquel Abdias et al. Queixa de memória e risco de depressão em idosos assistidos pela estratégia saúde da família. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 96, n. 39, 2022. Disponível em: https://revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/1425/3109
GOMES, Igor Conterato. Principais estratégias de treinamento para pessoas idosas portadoras de doença de Alzheimer: estudo de revisão. Brazilian Journal of Health Review, v. 8, n. 1, p. e76714-e76714, 2025. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/76714
GRANJA, Myrna Maia Tobias; DO NASCIMENTO, Érika Eduarda Wsova; BARBOSA, Junia Helena Porto. O papel da alimentação na melhora da cognição e prevenção de doenças neurodegenerativas: Depressão, Alzheimer, Parkinson. Revista Atenas Higeia, v. 6, n. 1, p. 1-7, 2024. Disponível: https://revistas.atenas.edu.br/higeia/article/view/354
NETO, Aloizio Correia Torres et al. Papel da dieta e suplementação nutricional na prevenção e manejo de doenças neurodegenerativas: uma revisão sistemática. Brazilian Journal of Health Review, v. 8, n. 1, p. e76654-e76654, 2025. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/76654