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Medicina Preventiva além da teoria

Medicina Preventiva além da teoria

No cenário atual da saúde, evidencia-se o aumento da longevidade, deslocando o foco da assistência primordial a enfermidades para a prevenção e promoção em saúde. Com isso, vê-se a ascensão da Medicina Preventiva.

A Medicina Preventiva foi definida como ações voltadas para prevenir a ocorrência de doenças, interromper seu curso em qualquer estágio de desenvolvimento, prolongar a vida e promover a saúde, tanto física quanto mental.

Assim, a prática da prevenção na medicina é compreendida como um movimento que busca transformar a visão do processo saúde-doença, retirando o foco da atividade centrada na doença e a transferindo para um foco maior no âmbito da totalidade da saúde do indivíduo.

Como a Medicina Preventiva acontece?

É parte da proposta a profilaxia, porém intervenções precoces podem mediar o sucesso de cura precedentemente ao curso da história natural da doença. O escopo central da Medicina Preventiva é auxiliar o indivíduo que esteja em plenas condições de saúde a se manter saudável.

Dentro desta perspectiva, a prevalência e a incidência de pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), ou comorbidades associadas, vêm sofrendo um acréscimo expressivo nas últimas décadas, mesmo com as modernas práticas de manejo clínico.

Assim, torna-se cada vez mais necessária a atenção em saúde voltada para uma medicina pontual, personalizada, e que muitas vezes atua priorizando prevenção, dando relevância ao estilo de vida do paciente.

Neste sentido, um dos pontos que merece atenção especial por parte dos profissionais da saúde, é a inadequação e as deficiências de nutrientes essenciais, particularmente em grupos populacionais vulneráveis.

A importância dos nutrientes para o funcionamento do organismo

O que se preconiza é que, a quantidade ideal de cada nutriente irá facilitar a funcionalidade máxima fisiológica, e uma insuficiência ou deficiência pode interferir com uma rota bioquímica que conduz a desequilíbrios ou desarranjos fisiológicos que requerem adaptação e, frequentemente, levam à doença.

Então, para além de uma alimentação balanceada, é importante reconhecer que, por vezes, os alimentos que um indivíduo consome nem sempre irá fornecer a concentração ideal de um determinado nutriente. E que um precursor ou substrato não pode ser utilizado devido às deficiências em enzimas ou coenzimas.

Desta forma, o desenvolvimento de estratégias de intervenção leva à redução nas doenças associadas ao estresse oxidativo e tais estratégias podem retardar as doenças degenerativas e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida.

A suplementação pode ser uma boa estratégia?

Foram observadas reduções no risco de doenças cardiovasculares, por exemplo, através da suplementação com retinol e o betacaroteno, que apresentam função antiaterogênica, não apenas pelas ferramentas ligadas a oxidação da LDL-c, mas também pelo fato de aumentarem a HDLc e pela propriedade de inibirem a reprodução de células musculares lisas.

Vitaminas

A vitamina A também age no alinhamento do tônus vasomotor, consolidando as placas gordurosas, limitando a propriedade adesiva plaquetária e inibindo a proliferação das células musculares lisas da camada arterial. Já a vitamina C é vista como o antioxidante hidrossolúvel com maior importância no corpo humano. Mostra sua eficácia em deteriorar diversas espécies de radicais livres, conservando a integridade das membranas celulares.

Estudos sugerem que o ácido ascórbico diminui o número de mutações promovidas pelo estresse oxidativo em células in vitro, o que propõe que a vitamina pode prevenir possíveis mutações no DNA. Atua como antioxidante, através da detoxificação dos radicais livres das células e extinguindo os processos oxidativos.

Importante também falarmos sobre a vitamina E, que atua como antioxidante protegendo os tecidos adiposos dos possíveis ataques dos radicais livres, tendo como exemplo os radicais peróxidos formados através de ácidos graxos poli-insaturados nas membranas fosfolipídicas.

Existem evidências recentes que mostram que essa vitamina pode impedir ou minimizar os danos causados pelos RL, associado a diversas doenças como artrite, câncer e o envelhecimento precoce. Em casos onde há deficiência desta vitamina, os danos celulares causados pela produção excessiva dos radicais livres por tumores, provocam a peroxidação lipídica e destruição celular.

No campo da geriatria, a suplementação adequada de vitamina B12 pode ser vista como uma estratégia importante para melhorar a qualidade de vida dos idosos e, potencialmente retardar o início de doenças neurodegenerativas. Sendo que a abordagem preventiva deve incluir, além da suplementação, uma dieta balanceada, exercícios físicos regulares e estímulos cognitivos.

Minerais

Além das vitaminas, minerais como o selênio, zinco e magnésio possuem inúmeros benefícios para prevenção e tratamento de diversas doenças e suas comorbidades.

No cenário mundial, a Medicina Preventiva é uma realidade e, no Brasil, também alcança proporções significativas, pois traz uma vasta contribuição para as áreas da saúde, sinalizando a necessidade de contínua sensibilização educativa pelos profissionais de saúde, através da implementação de políticas de promoção de saúde e hábitos de vida saudáveis, almejando a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Referências

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